Acerca de mim

A minha foto
Coimbra, Portugal
48 anos; Professor do 1ºCEB na EB1 de Almalaguês do Agrupamento de Escolas de Ceira; DESE em Administração Escolar; Mestrado em Família e Sistemas Sociais; Escritor de Literatura Infantil; Preferências: Música e Cinema

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Professores versus Ministério da Educação




A "guerra" aberta entre Professores e ME tem-se arrastado por um longo e demasiado tempo com sequelas que serão difíceis de sarar no futuro. As posições estão demasiado extremadas para se obter um epílogo que vá ao encontro de todos os intervenientes no processo. Não vem aqui para o caso quem é que tem razão, ou se nenhum tem razão. Penso, sim que terá de existir alguém exterior ao processo que consiga abrandar toda esta turbulência e que num ambiente sereno e com cedências de parte a parte se consiga chegar a um consenso para bem de todos. Certo é que toda esta situação já fez e continua a fazer muitos estragos na Educação do nosso país, as consequências serão visíveis não a curto mas sim a médio e longo prazo. Não consigo entender como é possível um governo de qualquer país civilizado querer implementar novas medidas e projectos quando está em guerra aberta com aqueles que vão ser os implementadores dessas medidas e que por si só poderão criar constrangimentos de vária ordem que impeçam o desenvolvimento do sistema educativo. Como é possível uma gestão de sucesso em qualquer organização se o patrão ou gestor não confia nem respeita os seus funcionários. As relações humanas são um factor primordial no sucesso de qualquer organização, estamos a falar de pessoas que não podem ser substituídas por máquinas. Não valorizar e motivar esta componente é um verdadeiro suicídio. Infelizmente, na sociedade global em que nos encontramos, palavras como o facilitismo, a falta de brio profissional, a falta de respeito e a incompetência grassam no dia a dia das nossas vidas e o futuro não se augura risonho. A Educação é o alicerce de qualquer sociedade moderna projectada para o desenvolvimento responsável e harmonioso de cidadãos que serão os responsáveis por este planeta onde vivemos. Os problemas da educação são demasiado sérios e importantes para serem tratados na praça pública e com alguma leviandade. O que esperam os responsáveis do nosso país do futuro dos nossos jovens, numa altura que se fala numa crise mundial, como estarão preparados os homens de amanhã para lidar com esta crise. Ao aproximar-se o final de mais um ano, não se vislumbra melhorias para as nossas escolas, mas estas tem resistido à tempestade graças ao esforço, dedicação e competência da maior parte dos professores deste país. Destruí-los é hipotecar o nosso futuro e o dos nossos filhos.